domingo, 9 de junho de 2013

Transição

Na erraticidade
Aqui dentro no escuro
As paredes são frias
O chão é denso
Vozes ressoam o sofrimento
E eu ainda espero o momento

Preso, aqui, nesse caminho
Entre o pecador e o pecado
Nesse escárnio, cansado
Assim como um velho no limbo
Com um suspiro duradouro
De um garimpeiro sem ouro
Na respiração ofegante
Sobrevivendo os instantes

Já que não sinto mais medo
Já que só sinto o nada

Na vivacidade

Nunca pensei que seria assim
Nunca pensei que eu seria amado
Nunca pensei que me esperariam desse lado
E que me abraçariam com amor

Mas é um amor verdadeiro
Não aquele fingimento sorrateiro
Que vagueia pelos pensamentos de nossos irmãos
É algo sem precedentes

Um sentimento sem definição
Isso tudo eu aprendi
Quando encontrei Jesus
Nosso amigo, nosso irmão

Na plenitude

Eu acordo todos os dias
Sento nesse banco
E vejo as pessoas passarem
Elas sorriem, conversam e brincam
Às vezes até choram
Mas é um choro oriundo do amor

Aqui ao redor a esperança é emanada
As áureas se destacam
E se juntam, umas com as outras
Vibrando...

Todos se conectam, se abraçam
Tornando-se um só
Um único sorriso, uma única vida
Uma vinda, uma partida

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Janela do canto

Água que corre em meus dedos
São lágrimas que não vejo
Mas sinto aqui dentro
Bem dentro do meu olhar
Eu que sempre fui de chorar calado
Na cadeira do banco ao lado
Que me serve de escanteio
Acolhendo os meus receios
Já jogados no assoalho
Suportando o meu peso
E o meu passo fraco
Então sigo para o meu aconchego
Debruço-me sobre a janela do canto
E me encanto
Admiro a beleza dos tantos
E me espanto
Por nunca estar em meus planos
A beleza de meu lar

Creative Commons License
Klauss Diary by Gabriel Barbosa is licensed under a Creative Commons Attribution-NoDerivs 3.0 Unported License.