Na erraticidade
Aqui dentro no escuro
As paredes são frias
O chão é denso
Vozes ressoam o sofrimento
E eu ainda espero o momento
Preso, aqui, nesse caminho
Entre o pecador e o pecado
Nesse escárnio, cansado
Assim como um velho no limbo
Com um suspiro duradouro
De um garimpeiro sem ouro
Na respiração ofegante
Sobrevivendo os instantes
Já que não sinto mais medo
Já que só sinto o nada
Na vivacidade
Nunca pensei que seria assim
Nunca pensei que eu seria amado
Nunca pensei que me esperariam desse lado
E que me abraçariam com amor
Mas é um amor verdadeiro
Não aquele fingimento sorrateiro
Que vagueia pelos pensamentos de nossos irmãos
É algo sem precedentes
Um sentimento sem definição
Isso tudo eu aprendi
Quando encontrei Jesus
Nosso amigo, nosso irmão
Na plenitude
Eu acordo todos os dias
Sento nesse banco
E vejo as pessoas passarem
Elas sorriem, conversam e brincam
Às vezes até choram
Mas é um choro oriundo do amor
Aqui ao redor a esperança é emanada
As áureas se destacam
E se juntam, umas com as outras
Vibrando...
Todos se conectam, se abraçam
Tornando-se um só
Um único sorriso, uma única vida
Uma vinda, uma partida
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