segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Um reencontro

    Quer saber? Sim, você acorda em mim, irrita-se com a luz do sol em seu olhos, diz que ainda está cansada, manda que eu feche a minha porta, pois deseja voltar a dormir. Mas, querida, não dá. Minha porta é aberta para o mundo, um mundo que você conhece de outras vidas. Conhece a cada beco, brejo e birra. Então amanheça, pois o dia já amanheceu, e eu já estou acordado há um bom tempo a sua espera, até preparei o café. Eu já me arrumei, estou bem, bem com você aqui dentro. Chegou nosso momento, resplandeça, e reabite meu mundo, veja as flores lá fora, eu as plantei para você. Caminhe até a praia, tome um banho de mar, perca-se nesse horizonte azulado e depois venha me encontrar. Largue mão dessa preguiça, e nem adianta fazer bico, pois eu sei que você não é autoritária. E é disso que eu estou falando, falo de sua simplicidade, da sua ambição sadia, eu vejo isso em seus olhos e nesse seu sorriso tímido. Talvez você não queira ser incomodada, mas essa sua quietude incomoda minha inquietude. Ainda é cedo, concordo. Mas ficamos muito tempo afastados, temos muito o que conversar. Então, por onde vamos começar?

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