segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sexto lampejo

     Há de se entender que o que se busca não é atendido, que o que se pede não é alcançado. Pois, onde não há mais alma viva, não há mais o interesse de alcançar mudanças. Seus pensamentos não vivem, seus pensamentos apenas sucumbem em plena sobrevivência. Então busque a paz interior, filtre o que se necessita, e não o que você acha indispensável.
     Eles pedem para que sejam ouvidos, mas não ouvem o que lhes é dito. Apenas usufruem do que lhe é dado, e retira dos moços mais franzinos o que lhe é cotado. Pequenos vícios, grandes tristezas. Uma noite que se ganha e um dia que se perde. Então eles choram, pois não entendem o porquê de não poder mais contemplar da luz do sol.
     O caminho é assíduo e longínquo, não se passa entre as relvas, e nem se assevera entre as flores. Nesse caminho há muitas guerras e também muitas dores. Há muita loucura e desvaneio. Há ilusão sobre os anseios que não mais se corroboram, e nem se completam nas flores das dores de querer continuar. Mas eles continuam a andar perdidamente nessa estrada, a passos largos que se parecem curtos, e no final de tudo tem um tudo a que não  se pode ter.

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