terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A riqueza dos olhares

     Há um pensamento coletivo que nos rodeia, formatando todos nossos interesses e reprimindo nossos atos. Dessa maneira é criado a percepção sorrateira, fugitiva e desdenhosa de tudo que lhe parece relevante. Nada mais importa a não ser o olhares sedentos e frágeis que os perseguem e manejam seu Complexo de Napoleão, o recuo mental. Mesmo nos mais altos patamares, onde se aglomeram os ditos superiores responsáveis pela expansão da fronteira do conhecimento, pelo alavancar social-econômico, pela burguesia vigente, e por nomear os confidentes das chaves do progresso, há aqueles que em seu atos encontramos a solicitude aos aspectos primordiais da necessidade de idolatria e reconhecimento. Não se contentando com o simples fato de pertencer a um sistema onde o querer muito é proporcional ao pouco ser. Então a abstenção virá por terra, e toda essa rebeldia ou ignorância não valerá de nada, toda a riqueza desejada ou conquistada não passará de paliativos. E aquela verdadeira riqueza muitas vezes empoeirada por não parecer ter valor nos âmbitos mundanos, é a que mais fará falta: a riqueza dos sentidos.

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