sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

No inverno

Ainda viajo pelas trilhas mundanas
Onde todos esperam ter um fim
Só não esperam chegar perto
Daquilo que não parece certo
Coberto pelo véu,
Longe de mim.

Então caminha a passo lentos
Aproveitando a cada momento
Se é eterno,
Que seja.
Pra que correr contra o tempo?
O que é memorável,
É pra se lembrar
O que é delicado,
Pra se cuidar

Depois de tempo, menino faceiro
Dos seus amigos, os primeiros
Já estarão acima, adiante
E não é do seu espante
Não ter ninguém a te acalentar
Quisestes regojizar por esperto
Mesmo sabendo ao certo
Que no inverno, vem o agasalhar.

Cadê os panos que te dei?
Ora, vendestes para bebida comprar
Agora não terás com o que te cobrir
E com frio irás ficar
É o mesmo que estar mar adentro
Ressentindo pelo momento
Por não saber nadar

Só não deixe bater o desespero
Por que na vida sempre há um jeito
Talvez não venha a nos salutar
Mas segure isso aqui,
Das minhas vestes irás usar.

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